Candidato de centro-esquerda vence eleições presidenciais na Costa Rica

O ex-ministro do atual governo, Carlos Alvarado Quesada, venceu as eleições presidenciais na Costa Rica neste domingo com uma forte vantagem e manterá a centro-esquerda no poder após uma campanha disputada, informou Reuters.
Sputnik

Alvarado Quesada obteve 60,66% dos votos, segundo resultados preliminares com 90,62% contados. Seu rival, o ex-evangélico e conservador Fabricio Alvarado Muñoz, obteve 39,34% do apoio das urnas, mas não teve chances de alcançar o político de centro-esquerda.

Eleições 2018: ódio e descrédito na democracia brasileira
O debate religioso e as posições sobre casamento do mesmo sexo monopolizaram a campanha eleitoral e polarizaram a sociedade, eclipsando a discussão sobre o crescente déficit fiscal, a criminalidade recorde e a pobreza persistente no país da América Central.

Embora a campanha de Alvarado Quesada tenha sido afetada pelos casos de corrupção e fracassos nas questões econômicas do governo de Luis Guillermo Solís — onde ocupou as pastas do Trabalho e do Desenvolvimento Social — conseguiu reunir os setores progressistas do país que reagiram às promessas ultraconservadores de Alvarado Muñoz.

"Não vencemos as eleições, mas podemos enfrentar esse resultado com a cabeça erguida", disse Alvarado Muñoz a seus partidários após saber do resultado. "Eu parabenizo Don Carlos Alvarado (…), eu disse a ele que ele pode contar conosco para fazer as coisas que estão estagnadas nessa caminhada pelo país".

Quando assumir o cargo em maio, o romancista e cientista político de 38 anos se tornará o presidente mais jovem da história da Costa Rica, a democracia mais antiga do continente.

Apesar das férias de Páscoa, a participação foi ligeiramente superior a 65% do primeiro turno.

Embora o candidato evangélico, que se proclamou contrário ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, acabou perdendo a disputa, sua ascensão foi outro exemplo da crescente influência das igrejas protestantes no continente.

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