Situação dos Kamov em Portugal: russos ficam 'muito furiosos e indignados'

Em 28 de março, os técnicos russos que se tratavam da manutenção dos helicópteros Kamov, propriedade de Portugal, foram expulsos pelas autoridades portuguesas. Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o hangar onde trabalhavam foi encerrado.
Sputnik

A Proteção Civil acha que o fechamento foi a "única medida" para preservar os bens da autoridade e o interesse público, informa o jornal Diário de Notícias. Em um comunicado da ANPC diz-se que o hangar em Ponte de Sor, onde se situa a frota dos helicópteros, foi encerrado em 27 de março, já que a empresa Everjets, S.A. subcontratou a empresa de manutenção russa Heliavionics para movimentar material, cujo conteúdo não foi revelado, e desviar peças ou componentes das aeronaves Kamov, sem autorização prévia dos órgãos responsáveis portugueses.

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Além disso, o hangar pode ser reaberto se a Everjets, S.A. satisfazer as solicitações. No entanto, a empresa precisou que a prontidão dos três helicópteros Kamov, a cuja manutenção deveriam proceder os técnicos, está "seriamente comprometida", levando em conta que os helicópteros deviam participar no combate aos incêndios.

Ricardo Dias, presidente da Everjets, S.A., em entrevista à rádio TSF, disse que os russos ficaram "muito furiosos" e "indignados" porque foram privados do acesso ao hangar, adicionando que alguns membros da equipa russa se sentiram como se fossem acusados de roubo.

No entanto, em um comunicado que foi divulgado hoje (29) e recebido pelo jornal Observador, a Heliavionics acusa a ANPC de fazer "infames insinuações". Lá está escrito que "nada do que estava a ser feito esta quarta-feira foi diferente da prática habitual", acusando a ANPC de causar grande prejuízo à companhia. "A decisão da autoridade não é normal", lê-se no comunicado.

A Heliavionics é a única em Portugal que tem autorização para efetuar manutenção dos helicópteros Kamov.

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