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'Propagação de mentiras': Dilma Rousseff critica nova série de José Padilha

Dilma não poupou críticas à nova série da Netflix, 'O Mecanismo', dirigida por José Padilha. A série retrata os últimos anos da política brasileira, mas não agradou a ex-presidente.
Sputnik

Neste domingo (25), Dilma Rousseff divulgou um texto repleto de críticas à nova produção de audiovisual por demanda da empresa norte-americana.

"O cineasta José Padilha incorre na distorção da realidade e na propagação de mentiras de toda sorte para atacar a mim e ao presidente Lula", afirmou a ex-presidente criticando o cineasta.

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A ex-presidente Dilma criticou a série "O Mecanismo" por ter retrado eventos antigos como recentes, dizendo que o cineasta tenta criar associações com o período do Partido dos Trabalhadores (PT) no governo federal.

Segundo ela, a série tenta manchar sua reputação "vertendo mentiras na série de TV, algumas que nem mesmo parte da grande mídia nacional teve coragem de insinuar".

José Padilha ganhou fama em 2007 após dirigir o filme "Tropa de Elite", em que retrata a violência do Rio de Janeiro sob a ótica de um policial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). Ele também já dirigiu filmes estrangeiros, como Robocop, em 2014, além de dois episódios da série Narcos, já na Netflix.

Em outro trecho, Dilma critica a série ter atribuído frases do senador Romero Jucá (MDB-RR) como "estancar a sangria" ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Sivla. A frase ficou famosa após o vazamento, em 2016, de áudios de Jucá com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em que ele supostamente tramava a derrubada de Dilma do governo e deter a Operação Lava Jato.

"O cineasta não usa a liberdade artística para recriar um episódio da história nacional. Ele mente, distorce e falseia. Isso é mais do que desonestidade intelectual. É próprio de um pusilânime a serviço de uma versão que teme a verdade", afirmou a ex-presidente.

Dilma Rousseff foi afastada da Presidência da República em agosto de 2016 por meio de um processo controverso de impeachment. Parte da mídia e da população considerou legítima a medida do Congresso liderado por Eduardo Cunha. 

No entanto, o outro lado considera o processo um Golpe de Estado. A tese do Golpe de 2016 tem sido validada por dezenas de universidades brasileiras que abriram cursos este ano com a temática presente.

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