Contra aquecimento global, Noruega quer investir em aviões elétricos

A Noruega quer investir em aviões elétricos para deter as mudanças climáticas. A estratégia é investir em incentivos fiscais para desenvolver a indústria - assim como foi feito com o setor de carros elétricos.
Sputnik

A empresa estatal Avinor, que opera 45 aeroportos na Noruega, disse que o compromisso com as aeronaves movidas a bateria poderia incentivar o desenvolvimento de tecnologias elétricas e híbridas por empresas como a Airbus e a Boeing.

"Na minha opinião, não há dúvida de que até 2040 a Noruega estará operando totalmente [com energia] elétrica" ​​em vôos de curta distância, disse o diretor da Avinor Dag Falk-Pedersen.

Entre as companhias aéreas, "a Airbus nos disse que precisa de um cliente e de um mercado — e podemos oferecer ambos", disse Falk-Pedersen. "É claro que eles precisam de um mercado maior e de mais clientes. Mas alguém precisa começar."

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A Noruega é um país montanhoso de 5 milhões de habitantes com cidades ao redor de fiordes remotos, um local ideal para aviões elétricos que podem acelerar mais rápido do que as aeronaves convencionais e precisam de pistas mais curtas, disse o diretor da Avinor.

O principal desafio para as aeronaves elétricas são suas pesadas baterias e a autonomia limitada.

Em 2015, pela primeira vez um grupo de aviões elétricos fez o percurso do Canal da Mancha, na Europa. 

"Pode ser que apresentemos uma licitação dentro de um ou dois anos ao mercado que comercializa aeronaves elétricas", disse Falk-Pedersen, acrescentando que tal licitação pode ser de 5 a 15 aviões de 12 a 50 assentos.

O ministro norueguês dos Transportes, Ketil Solvik-Olsen, disse que Oslo tentará repetir seu sucesso na promoção de carros elétricos, conseguida com incentivos fiscais e outras vantagens, como estacionamento gratuito e pontos de recarga.

No ano passado, mais da metade dos carros novos vendidos na Noruega eram elétricos ou híbridos, a maior taxa do mundo. Mas ele admitiu que "quando falamos de aviões movidos a bateria, não há dúvida de que a maioria das pessoas é um pouco cética".

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O governo de centro-direita da Noruega já solicitou à Avinor que passe a utilizar aeronaves elétricas no transporte comercial e também que promova o uso de biocombustíveis.

A Noruega é o maior produtor de petróleo e gás da Europa ocidental e tem lutado para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, que ficaram 3% acima dos níveis de 1990 em 2016.

Em novembro, Airbus, Rolls-Royce e Siemens se uniram para desenvolver um motor elétrico híbrido.

E em outubro, uma start-up da área de Seattle, apoiada pelas subsidiárias de capital de risco da Boeing e da JetBlue Airways Corp, também anunciou planos de fazer uma aeronave híbrido-elétrica, com até 12 passageiros, até 2022.

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