'Momento do ataque de Salisbury está vinculado com as eleições russas', diz Boris Johnson

Secretário das Relações Exteriores britânico relacionou, nesta quarta-feira (21), os ataques a Sergei e Yulia Skripal com as eleições russas.
Sputnik

A declaração foi dada diante da Comissão de Assuntos Exteriores do Reino Unido. Boris Johnson teria afirmado ainda que "Ninguém pode escapar das mãos da vingança russa". O secretário então teria apontado que "o momento [do ataque a Salisbury] está provavelmente relacionado de forma estreita com as recentes eleições realizadas na Rússia".

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Para o secretário, a relação seria estritamente política, uma forma do governo russo usar um artifício na busca de votos. 

"Como fazem muitas figuras não democráticas quando estão diante de uma eleição ou um momento político crucial, é uma forma muitas vezes atrativa de invocar a imaginação pública e a noção de um inimigo", teria dito o secretário.

Há menos de uma semana, Boris Johnson fez outras acusações contra a Rússia, dizendo que era "muito provável" que o ataque contra Sergei Skripal e sua filha Yulia teria sido uma decisão de Vladimir Putin. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, chamou essas acusações como escandalosas e imperdoáveis".

Não é a primeira vez que a Rússia é objeto de acusações por parte do Reino Unido sem que nenhuma prova seja mostrada. No final de 2017, Johnson afirmou que a Rússia estaria tentando supostamente interferir nos assunto internos de seus país, em particular nas eleições locais e no Brexit, mas não apresentou provas que justificassem as afirmações.

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Sergei e Yulia Skripal, foram encontrados inconscientes na cidade britânica de Salisbury em 4 de março, após serem supostamente envenenados. 

O incidente desencadeou uma crise diplomática que vem crescendo nas últimas semanas. A primeira-ministra britânica Theresa May culpou a Rússia pelo ocorrido e cortou relações bilaterais com o país, expulsando russos do território britânico. 

A Rússia refuta as acusações, e apesar de oferecer uma investigação mútua, retaliou as ações britânicas, declarando 23 funcionários da embaixada do Reino Unido em Moscou personae non gratae.

Sergei e Yulia permanecem em estado crítico.

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