Putin desvenda como acalmou multidão na Alemanha em 1989

O presidente russo, Vladimir Putin, contou como ele conseguiu tranquilizar a multidão que cercou o prédio do KGB [serviços secretos da União Soviética] na cidade alemã de Dresden, então parte da República Democrática Alemã, em 1989, e conseguiu resolver o conflito de forma pacífica.
Sputnik

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Em 5 de dezembro de 1989, uma multidão agressiva se aproximou do prédio do KGB em Dresden para exigir os arquivos do serviço secreto. Vladimir Putin, então oficial do KGB, saiu para iniciar conversações com as pessoas agitadas.

"Sem dúvidas, não podíamos mostrar para o povo toda a nossa documentação operativa, bem como informações relacionadas com as pessoas com quem trabalhávamos, fora da República Democrática Alemã, aliás", disse o presidente no filme "Putin" do jornalista russo Andrei Kondrashov.

"Tive de demonstrar a nossa prontidão para agir no âmbito dos acordos intergovernamentais daquela época. O grupo de segurança teve mesmo de mostrar suas armas, infelizmente, o que não é muito bom, em minha opinião", assinalou.

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Para mais, Putin frisou que naquele momento recorreu a métodos exclusivamente diplomáticos e tentou explicar a situação às pessoas e demonstrar confiança nelas e o desejo de resolver o conflito.

"Tive a missão de negociador. Saí para falar às pessoas, perguntei o que elas queriam. Elas responderam que gostariam de inspecionar o prédio. Eu respondi que o prédio pertence ao exército soviético e não pode ser submetido a inspeção conforme o acordo entre os dois países", contou o líder russo.

O presidente acrescentou que quando foi perguntado por que falava tão bem alemão teve que responder de acordo a história de cobertura.

"Fui perguntado: por que domina o alemão? Tive de, como se diz nestes casos, responder de acordo com a história de cobertura e dizer que era intérprete", explicou.

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Putin enfatizou que conseguiu resolver o conflito por meios pacíficos.

"O mais importante é que não se chegou a um conflito, não houve confrontos e, graças a Deus, não houve vítimas. Não podíamos agir de outra forma, uma vez que se tratava de uma unidade da inteligência externa da União Soviética. Não podíamos permitir que alguém entrasse no prédio", concluiu Vladimir Putin.

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