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'Boulos é considerado o próximo Lula, o Lula Junior'

As chances de o Supremo Tribunal Federal não levar para trás das grades o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, são baixas. O próprio acaba de apoiar a candidatura de Guilherme Boulos.
Sputnik

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O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) — maior organização social do país, Guilherme Boulos, foi batizado como "o novo Lula". Há uma semana anunciou que vai se candidatar à Presidência do Brasil pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), em aliança com organizações e outros movimentos sociais.

"Boulos é considerado o próximo Lula, o Lula Junior. O próprio Lula já disse isso, é um candidato carismático, conhece os movimentos sociais e é o líder da maior [organização social] que atua no Brasil, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto. Tem uma força muito grande e uma compreensão da política carecida por todos os outros partidos políticos", explicou à Sputnik Mundo o cientista político Andrés del Río.

O acadêmico da Universidade Federal Fluminense assinalou que Boulos quer "unificar toda a esquerda", embora nesse mesmo sentido tenha frisado que dependerá em grande medida dos próximos passos de Lula. "Quanto mais presente estiver Lula nas eleições, menos chances têm outros candidatos de esquerda", opinou o analista.

Por enquanto, o Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou que irá até o fim com o seu líder, embora isso não explique o que vai acontecer quando o Supremo Tribunal Federal se pronunciar sobre o habeas corpus apresentado pelos advogados do ex-presidente.

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Em 6 de março, o Supremo Tribunal de Justiça rechaçou a mesma ação, com a qual Lula pretende evitar a pena de prisão de 12 anos, deliberada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região em 24 de janeiro. Trata-se da possibilidade de ele ter aceitado propinas da construtora OAS em troca de contratos na estatal Petrobras.

Lula continua, apesar do processo, ocupando posição de político com maior popularidade, superando em todos os cenários (primeiro e segundo turno) qualquer candidato. É seguido em preferência pelo deputado Jair Bolsonaro, um ex-militar, político brasileiro de direita e membro do Partido Social Liberal (PSL).

No entanto, Bolsonaro tem um índice de desaprovação mais alto, o que lhe tira oportunidade de atrair votos de outros setores que não são homofóbicos, nacionalistas e militaristas.

"Creio que as eleições deste ano estão orientadas para que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e supostamente o atual ministro da Economia, Henrique Meirelles, sejam candidatos do centro, que em geral não dizem tantas coisas controversas como Bolsonaro, e no cenário em que está Bolsonaro, as pessoas tendem a ir em direção a Alckmin e Meirelles que não possuem rejeição tão grande", estimou Andrés del Río.

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