Como EUA largaram acidentalmente uma bomba atômica sobre uma povoação sua (FOTOS)

Este 11 de março, completaram-se 60 anos desde um incidente ocorrido na povoação norte-americana de Mars Bluff, na Carolina do Sul, quando um avião dos EUA deixou cair acidentalmente uma bomba atômica em uma zona residencial.
Sputnik

Em 11 de março de 1958, um bombardeiro Boeing B-47 Stratojet voava de um aeródromo militar no estado da Geórgia até ao Reino Unido e depois ao norte da África, recorda o RT. O avião portava várias armas nucleares, em caso de se iniciar uma guerra com a URSS, incluindo a bomba atômica Mark 6.

Uma bomba nuclear Mark 6 dos EUA, semelhante à que caiu em 11 de março de 1958

Durante o voo, o capitão Earl Koehler viu uma luz de aviso na cabine indicando problemas com o pino de bloqueio do arnês que segurava a bomba. Quando o copiloto Bruce Kulka desceu ao depósito para verificar a situação, ele tirou por engano o pino de desbloqueio de emergência.

Encontrado porta-aviões estadunidense afundado 76 anos atrás (VÍDEO)
A bomba Mark 6 caiu ao chão do bombardeiro e as portas do depósito se abriram devido ao peso. Em seguida, a arma caiu para o solo desde uma altura de 4,6 mil metros, diretamente sobre um bairro residencial de Mars Bluff.

Felizmente, a bomba não levava o núcleo cindível nuclear — que estava guardado no avião separadamente da Mark 6 — o que salvou a povoação de uma catástrofe maior. Mesmo assim, a bomba continha a carga explosiva convencional que explodiu logo após a arma ter caído perto da casa da família Gregg.

A explosão destruiu uma casa de jogos infantil, feriu seis membros da família, inclusive crianças, e danificou vários edifícios próximos. Além disso, a bomba deixou uma cratera de 21 metros de largura e 11 metros de profundidade, que permanece visível até hoje.

Cratera no lugar da queda da bomba Mark 6

Depois do incidente, a família afetada processou a Força Aérea dos Estados Unidos, recebendo uma indenização equivalente hoje a 458 mil dólares (R$ 1.493 milhões). A Força Aérea, por sua parte, decidiu mudar a configuração das bombas para evitar este tipo de situações no futuro.

Comentar