Envenenamento de espião russo 'provocará uma resposta', diz secretário de Estado dos EUA

O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, afirmou nesta segunda-feira (12) que o envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal "veio claramente da Rússia" e que o incidente "provocará uma resposta".
Sputnik

"Não consigo entender por que alguém poderia tomar tal ação. Mas esta é uma substância conhecida por nós e não existe amplamente", disse Tillerson a jornalistas enquanto voava da Nigéria para Washington. "E está apenas nas mãos de um número muito, muito limitado de pessoas".

O secretário de Estado dos EUA disse que não pode confirmar se o governo da Rússia teve participação no envenenamento, mas que a substância utilizada — o agente neurotóxico Novichok — não pode ter vindo de outro lugar senão Moscou. Ele também afirmou que tem "total confiança" no Reino Unido e em sua investigação.

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Também nesta segunda-feira, a primeira-ministra britânica, Theresa May, apontou a Rússia como responsável pelo ataque que deixou hospitalizado Skripal e sua filha. Eles foram encontrados inconscientes fora de um centro comercial na cidade inglesa do sul de Salisbury.

Tillerson discutiu a questão com o ministro britânico das Relações Exteriores, Boris Johnson, e disse estar "extremamente preocupado" com a Rússia. Ele afirmou que, caso Moscou realmente seja responsável pelo envenenamento, o incidente "provocará uma resposta, vamos falar assim".

Em 2006, um tribunal russo condenou Skripal por traição por colaborar com a agência de inteligência do Reino Unido MI6 durante seu período como oficial na inteligência militar russa. Ele foi condenado a 13 anos de prisão. Em 2010, contudo, o então presidente Dmitry Medvedev perdoou Skripal como parte de um programa de troca de espiões, e ele se mudou para o Reino Unido, estabelecendo-se em Salisbury em 2011.

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