Washington arruma maneira de lidar com armas hipersônicas

Os EUA precisam desenvolver um sistema de radares de posicionamento orbital a fim de se opor às armas hipersônicas, afirmou John E. Hyten, chefe do Comando Estratégico das Forças Armadas dos EUA, citando pelo Defense One.
Sputnik

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De acordo com ele, o Pentágono reconhece que os sistemas de deteção terrestres são insuficientes. Sendo assim, os EUA precisam alocar "somente" vários bilhões de dólares para criação de um radar orbital.

O general explicou que tal sistema permitirá vigiar um míssil na parte média de sua trajetória quando a ogiva nuclear se separa do portador e permanece nas camadas superiores da atmosfera. Além disso, o radar orbital será capaz de detectar outras ameaças provenientes da Terra, tais como lançamento de veículos hipersônicos.

Hyten frisou que há muito que os EUA têm em sua disposição as tecnologias necessárias para o projeto, contudo, o Pentágono gasta recursos na defesa contra mísseis balísticos, receando financiar a criação de aparelhos espaciais.

"Ainda não conseguimos iniciá-lo [a instalação de radares orbitais]. Em vez disso, os militares constroem sistemas destinados principalmente às ameaças balísticas. Nossos adversários observaram-no e agora apostam nas armas hipersônicas e aparelhos capazes de manobrar", assinalou Hyten.

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Ontem, o presidente russo, Vladimir Putin, durante seu discurso anual perante a Assembleia Federal (Parlamento bicameral russo), afirmou que o novo sistema de mísseis hipersônicos russo Kinzhal já foi testado e entregue ao exército no sul do país. 

De acordo com o líder do país, as características técnicas do avião portador permitem transportar o míssil ao ponto de lançamento em poucos minutos, enquanto a velocidade do míssil é dez vezes superior à velocidade do som, possuindo capacidade de manobra em toda trajetória do voo.

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