Opinião: política de duplos padrões estadunidense continua inabalável

Há pouco, a Síria contou sobre a morte de civis na sequência de ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos EUA. Em uma entrevista com a Rádio Sputnik, o especialista do Instituto Russo de Estudos Estratégicos, Vladimir Fitin, frisou que as mídias norte-americanas estão acostumadas a abafar tais informações.
Sputnik

A agência SANA comunicou que a força aérea da coalizão tinha efetuado ataques contra os povoados na província síria de Deir ez-Zor, matando 29 civis e deixando dezenas de feridos.

Na semana passada, comunicou-se que houve ataques aéreos na mesma província, na sequência dos quais morreram 12 pessoas.

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"Os recentes relatos sobre que os civis da cidade de Deir ez-Zor e de toda província morreram na sequência dos ataques da aviação estadunidense, voltam a demonstrar a presença permanente de duplos padrões promovidos pelos EUA. Em Ghouta Oriental, uma das zonas de desescalada, os grupos jihadistas restantes continuam efetuando provocações: eles atacaram a missão humanitária da Rússia, o Centro para a Reconciliação na Síria russo e os bairros residenciais — mas não falam sobre isso", opinou Vladimir Fitin em uma conversa com o serviço russo da Rádio Sputnik.

O analista observou que os ataques de retaliação do governo sírio provocam "gritos" e "indignação" por parte de Washington, que começa a falar sobre mais uma catástrofe humanitária, alegadamente organizada pelas "forças sangrentas" do regime sírio.

"Ao mesmo tempo, ninguém fala daquilo que se passa quando a coalizão liderada pelos EUA usa armas de modo desproporcional. Vale relembrar sobre o ataque de Mossul e de Raqqa, que acabaram completamente destruídas. Tudo prossegue na mesma: a política de duplos padrões estadunidense continua inabalável", resumiu Fitin.

Vale ressaltar que os EUA e a coalizão internacional contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), estão atuando na Síria sem o aval e coordenação por parte de Damasco, bem como sem a autorização do Conselho de Segurança da ONU.

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Em 24 de fevereiro, as Nações Unidas aprovaram a resolução 2401 que exige que todas as partes beligerantes "imediatamente parem com os confrontos" e mantenham a garantia de uma pausa humanitária de pelo menos 30 dias em todo o território sírio, para assegurar a entrega segura e sem obstáculos de ajuda humanitária e a realização de evacuação médica dos doentes e gravemente feridos.

Entretanto, os grupos criminosos armados continuam atacando o centro de Damasco.

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