Netanyahu está indignado com primeiro-ministro polonês

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou a declaração do primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, que afirmou que o povo judeu era "perpetrador" na Segunda Guerra Mundial, em meio à disputa bilateral sobre o chamado projeto de lei do Holocausto.
Sputnik

Neste sábado (17), o renomado jornalista israelense Ronen Bergman, filho de dois sobreviventes do Holocausto, perguntou a Morawiecki se seria punível com a nova lei contar a história sobre sua família, que testemunhou os poloneses cooperando com o regime nazista e fornecendo informações sobre localização do povo judeu.

O primeiro-ministro polonês disse em resposta que não será ilegal contar histórias pois "havia tanto agressores poloneses, como havia perpetradores judeus, como havia agressores russos, bem como perpetradores ucranianos — não apenas perpetradores alemães", de acordo com informações divulgadas pela mídia.

"As declarações do primeiro ministro polonês aqui em Munique são ultrajantes. Há um problema aqui de uma incapacidade de entender a história e de uma falta de sensibilidade à tragédia do nosso povo. Pretendo falar com ele imediatamente", Netanyahu disse no final deste sábado (17), conforme citado na declaração divulgada pela assessoria de imprensa presidencial.

Entenda briga diplomática entre Israel e Polônia sobre Holocausto
Na semana passada, o presidente da Polônia, Andrzej Duda, disse que assinaria a lei controversa, que criminaliza quiasquer declarações que acusem os poloneses de cumplicidade no Holocausto e a propaganda da ideologia nacionalista ucraniana, encaminhando a legislação ao Supremo Tribunal do país para a revisão.

O projeto de lei foi criticado mesmo na fase de discussão por vários estados, em particular, Israel, Ucrânia e os Estados Unidos. Israel acredita que a lei distorce a verdade histórica e exigiu que ela seja revista. O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, disse que o projeto de lei da Polônia "afeta negativamente a liberdade de expressão e a investigação acadêmica".

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