Holanda reconhece genocídio armênio

O Congresso da Holanda aprovou nesta semana duas resoluções que reconhecem o genocídio armênio de 1915.
Sputnik

A primeira das resoluções "reconhece o genocídio armênio" enquanto a segunda afirma que a Holanda irá participar do evento em sua comemoração, que irá acontecer na Armênia em abril.

Em 1915, centenas de milhares de armênios, incluindo mulheres e crianças, foram assassinados pelo Império Otomano, país precursor da Turquia moderna. Segundo Ancara, o genocídio não foi premeditado. A Turquia segue justificando o crime sob o argumento de que os armênios eram um perigo porque lutavam ao lado da Rússia, nação inimiga na época. Diferentes estimativas colocam o número de vítimas entre 800 mil e 1,8 milhão.

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As resoluções foram propostas pelo deputado Joel Voordewind. Todos os quatro partidos que fazem parte da coalizão que governa a Holanda foram favoráveis.

"Não podemos negar a história por medo de sanções. Nosso país abriga a capital do direito internacional acima de tudo, então não devemos ter medo de fazer o certo aqui também", disse Voordewind.

A Turquia costuma criticar os países que reconhecem o genocídio armênio. De acordo com a emissora RTL Niews, Ancara organizou protestos na Alemanha após Berlim reconhecer oficialmente o incidente. 

Após o Papa Francisco reconhecer o genocídio armênio — classificando-o como o primeiro massacre de larga escala do século XX — a relação entre Turquia e Vaticano foi abalada.

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