FBI admite ter ignorado denúncia sobre atirador da Flórida

O FBI reconheceu nesta sexta-feira (17) que não agiu após receber informações de que o principal suspeito do tiroteio que deixou 17 pessoas mortas em uma escola da Flórida nesta semana tinha uma arma e o desejo de matar.
Sputnik

Em comunicado, o FBI afirmou que a informação sobre Nikolas Cruz, de 19 anos, foi repassada em ligação telefônica por alguém próximo a ele e deveria ter sido investigada — mas não foi. 

O xerife do Condado de Broward, Scott Israel, disse ter recebido mais de 20 ligações sobre Cruz nos últimos dois anos.

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O procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, disse que o tiroteio foi uma "consequência trágica" do fracasso do FBI e ordenou uma revisão dos processos do Departamento de Justiça. Para Sessions, a polícia federal dos EUA perdeu sinais de alerta. 

O diretor do FBI, Christopher A. Wray, disse que está "comprometido a entender o que aconteceu" e que a organização recebeu uma média diária de 2.101 ligações em 2017. 

O governador da Flórida, Rick Scott, pediu a renúncia de Wray. 

"Dezessete pessoas inocentes estão mortas e reconhecer um erro não será o suficiente. Uma desculpa nunca devolverá a vida a estas 17 pessoas e nem consolará as famílias que sofrem. As famílias passarão uma vida perguntando-se como pôde acontecer isso e uma desculpa nunca dará as respostas que elas necessitam desesperadamente."

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