Analista explica como EUA 'compram' aliados na Síria

Surgiu um vídeo do ataque aéreo da coalizão internacional liderada pelos EUA contra as forças pró-governo sírias na província de Deir ez-Zor. Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista Dmitry Evstafiev comentou as ações de Washington.
Sputnik

A gravação, publicada pelo jornal The Business Insider, mostra o momento exato da destruição do tanque T-72 sírio pela coalizão dos EUA, que ocorreu na província síria de Deir ez-Zor.

Segundo explica o Pentágono, a coalizão internacional e as Forças Democráticas da Síria (FDS) tiveram que se proteger de "um ataque não provocado" iniciado pelas forças pró-governo sírias contra o Estado-Maior das FDS.

Como resultado do ataque, 25 combatentes sírios ficaram feridos.

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De acordo com a agência estatal SANA, Damasco qualificou os ataques da coalizão contra as forças pró-governo sírias como ato de agressão.

O especialista em ciências políticas, Dmitry Evstafiev, assinalou, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, que os EUA visam estabelecer o controle sobre pontos importantes na Síria, incluindo instalações de extração de petróleo e refinaria na área de Deir ez-Zor.

"Quanto à Síria, antes de tudo, os EUA têm interesse em desestabilizar a situação na região. Para isso, eles necessitam de uma base econômica, de dinheiro e de aliados. Mas os aliados dos EUA podem ser comprados somente com dinheiro – não terão aliados 'gratuitos' na região. A fim de comprar aliados, que posteriormente podem ser utilizados em qualquer formato, é necessário controlar ativos ou territórios importantes. É isso que os EUA estão fazendo", explicou.

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"No fim das contas, os EUA não podem sempre gastar os recursos de seu orçamento para financiar aliados inconstantes, que hoje são fieis, e amanhã já mudam de postura. Sendo assim, é lógico que eles vão fazer de tudo para proteger os oleodutos e campos de petróleo que ainda estão controlando. Qualquer tentativa de penetrar nestes territórios causará uma forte reação [de Washington], que sempre será brusca e, às vezes, inadequada", ressaltou Dmitry Evstafiev. 

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