Ex-militar soviético revela como funcionava 'unidade paranormal' na época da URSS

Tenente-general russo Aleksei Savin, falando com a Sputnik Sérvia, relembra a época quando na União Soviética os especialistas com capacidades paranormais trabalhavam nas estruturas de defesa.
Sputnik

A ideia de criar a unidade militar 10003 nasceu na KGB, conta Savin. A inteligência soviética estava bem informada sobre os métodos parapsicológicos que os norte-americanos usavam para detectar instalações militares e desativar ou interferir no trabalho da inteligência soviética no exterior. O Ministério da Defesa, segundo pedido da KGB, se focou no caso e assim surgiu uma comissão que juntou pessoas com capacidades paranormais.

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Além de médicos e cientistas, foram examinadas muitas pessoas que afirmavam ter capacidades especiais (segundo Savin, se tratou de 30 mil pessoas), das quais foram escolhidos apenas os 20 melhores com capacidades paranormais muito incomuns que depois tiveram várias tarefas, como encontrar submarinos nucleares inimigos, ler documentos secretos em qualquer idioma, etc.

Primeiro os cientistas estudavam como algumas pessoas usavam suas capacidades, mas depois foi revelado que não se tratava de dons inatos, mas de algo que pode ser treinado e desenvolvido em cada pessoa.

"Percebemos que se ativarmos simultaneamente ambos os hemisférios do cérebro, a pessoa obtém supercapacidades. Ficamos espantados, claro. Foi uma descoberta genial que nos permitiu criar uma escola. Não precisávamos mais de videntes. Podíamos escolher agentes secretos e ensinar-lhes todas as técnicas", revela Savin à Sputnik Sérvia.

Entre alguns êxitos, segundo o "vidente" militar, houve a prevenção de um acidente que poderia ter acontecido em Glasgow, algo parecido à tragédia de Chernobyl. Na época a comissão não tinha contatos diretos com governo do Reino Unido, mas a informação foi transmitida, e o grupo recebeu uma indicação indireta que fez os cientistas acreditar que sua intervenção ajudou.

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Além de ajuda a países estrangeiros, o grupo de cientistas buscava apartamentos de espiões, vias de fornecimento de armas, munições e drogas.

O tenente-general russo lembrou o desembarque planejado de extraterrestres no Uzbequistão no início dos anos 90. Aconteceu o seguinte: devido uma confusão com papeis, o bilhete com a informação sobre o desembarque surgiu na mesa do então líder soviético Mikhail Gorbachev. Foi deliberado receber essa "delegação" e Aleksei Savin partiu para Tashkent acompanhado pela pessoa que informou sobre a visita extraterrestre.

"Ele mostrou no mapa o local onde a nave extraterrestre devia aterrissar. Fomos lá de helicóptero, mas ninguém apareceu. Alguém da tripulação começou a rir do especialista e este hipnotizou um dos tripulantes…", lembra Savin.

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Foi tudo tão real, disse, que os homens acreditaram que esse tripulante parecia estar em uma nave extraterrestre e até falando com seres alienígenas. O tenente-general confessou que depois de voltar para Moscou ele informou que o contato com extraterrestres não aconteceu.

No entanto, a missão principal do grupo especial que foi criado, além de todas as tarefas importantíssimas, era ensinar as pessoas a desenvolver capacidades paranormais em si mesmos. Houve vários cursos que duravam de meses a apenas cinco ou seis horas. Savin até revelou alguns exercícios que ajudam a desenvolver capacidades paranormais.

"Primeiro é o fitness para o cérebro, para ativar os dois hemisférios em simultâneo. E depois vem o próximo passo, depois de uma hora e meia, as pessoas começam falando com seu subconsciente", disse Savin, resumindo que é muito importante ouvir e falar com o subconsciente.

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