Engenheiros de centro nuclear russo usam supercomputador para mineração de criptomoedas

O Centro Nuclear Federal da Rússia do Instituto de Pesquisa Científica em Física Experimental da Rússia, situado na cidade de Sarov, informou que dois de seus engenheiros foram detidos por minerarem criptomoedas usando o supercomputador do centro nuclear.
Sputnik

Dois empregados, cujos nomes não foram relevados, obtiveram acesso ao dispositivo e conectaram-no à Internet para iniciar a mineração.

Pouco depois, o sistema de segurança do supercomputador transmitiu dados relevantes ao Serviço Federal de Segurança (FSB) e os engenheiros foram detidos. Os empregados do centro foram libertados, mas não podem sair do país.

"Foi registrada uma tentativa de usar a capacidade de processamento do supercomputador para fins privados, incluindo para a chamada mineração. Entretanto, graças ao trabalho conjunto com os serviços de segurança essa atividade foi coibida", informou a assessoria de imprensa do centro nuclear.

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O supercomputador em Sarov iniciou sua operação em 2011. Segundo os dados, é um dos dois supercomputadores mais potentes na Rússia. O segundo dispositivo fica na cidade siberiana de Snezhinsk. A velocidade dos supercomputadores é medida em petaflops, que representam a capacidade de realizar um quatrilhão de flops em ponto flutuante em um segundo.

O Centro Nuclear Federal Russo do Instituto de Pesquisa Científica de Física Experimental da Rússia foi construído em 1946, em Sarov, uma cidade no centro da Rússia. Ele se tornaria o coração do programa de pesquisa nuclear soviético e, posteriormente, russo. A instalação era tão secreta que até 1991 a cidade era mencionada apenas como Arzamas-16 e não constava em nenhum mapa público.

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