Tudo por campos de gás: Hezbollah está pronto para confronto contra Israel

Depois de Israel ter recomendo que empresas estrangeiras não participem do concurso libanês para exploração de campos de gás natural, localizados no mar Mediterrâneo e disputados entre os dois países, o Líbano deu resposta brusca.
Sputnik

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De acordo com o canal Press TV, o Hezbollah declarou estar pronto para impedir as tentativas de Israel de interferir nos projetos libaneses de exploração do gás natural.

O representante do movimento qualificou a afirmação do Ministro da Defesa israelense, Avigdor Lieberman, como "nova agressão", e frisou que o Hezbollah está pronto para "confrontar decisivamente todos os ataques contra nossos direitos ao petróleo e gás [libaneses]".

Lieberman chegou a afirmar, durante discurso, em uma conferência de segurança em Tel Aviv que o campo de gás no Mediterrâneo, posto em concurso pelo Líbano e que deverá ser explorado por um consórcio internacional de empresas energéticas, pertence a Israel.

"'Eles [libaneses] anunciaram o concurso para exploração de campos de gás, incluindo o Bloco 9, que são nossos por definição", declarou Lieberman, adicionando que as empresas, que estão competindo pelo direito de explorar os campos, em sua opinião, "estão cometendo um erro grave, já que neste caso agem contra todas as regras e protocolos".

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As autoridades libanesas condenaram a postura de Israel, enquanto o primeiro-ministro libanês, Saad al-Hariri qualificou estes comentários como mais "mensagens ameaçadoras" de Israel. O ministro das Relações Exteriores do país, Gebran Bassil, afirmou ter informado à ONU sobre o assunto.

Em dezembro de 2017, o governo do Líbano concedeu o direito de exploração de dois de cinco campos de gás natural a um consórcio internacional consistente da empresa francesa Total, Eni italiana e Novatek russa. Um dos campos, o Bloco 9, faz fronteira com as águas israelenses na área disputada entre o Líbano e Israel.

Em 2006, as forças israelenses invadiram o Líbano em resposta ao ataque da Hezbollah contra a guarda fronteiriça de Israel. O conflito, que durou 34 dias e terminou com cessar-fogo do Conselho de Segurança da ONU, causou a morte de aproximadamente 1.200 libaneses e 160 israelenses. 

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