Premiê: França enfrenta onda de antissemitismo violento

A França está enfrentando "uma nova forma de antissemitismo", marcada pela violência, segundo afirmou nesta quarta-feira o primeiro-ministro do país, Édouard Philippe, lamentando o espancamento de um menino judeu nos subúrbios de Paris nesta semana.
Sputnik

Na noite da última segunda-feira, uma criança de apenas oito anos foi agredida por dois adolescentes em Sarcelles, no departamento de Val-d'Oise, apenas porque portava um quipá (espécie de chapéu utilizado por judeus), de acordo com a mídia local. O caso comoveu a sociedade francesa, levando o presidente francês, Emmanuel Macron, a denunciar publicamente a ação. 

"Um menino de oito anos foi agredido hoje em Sarcelles. Porque portava um quipá. Cada vez que um cidadão é agredido por conta de sua idade, aparência ou confissão, toda a República é agredida", disse ele. 

De acordo com o premiê Édouard Philippe, a França, que possui a maior população judaica da Europa Ocidental, está tendo que lidar com a emergência de um novo tipo de antissemitismo atualmente. Para ele, a melhor forma de combater essa violência, em primeiro lugar, é tendo coragem de dar nome a essa prática.

"Sarcelles: nós não podemos aceitar que uma criança de oito anos seja agredida porque usava um símbolo religioso. Essa é uma agressão antissemita. A justiça deve agir com severidade."

Segundo um relatório divulgado pelo Ministério do Interior nesta quarta-feira, o número de atos racistas sofreu uma queda geral na França no último ano, mas as ações violentas contra muçulmanos e, principalmente, judeus, no entanto, tiveram uma alta considerável. 

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