'Acusações contra Israel é como ver argueiro nos olhos do vizinho'

Na terça-feira (23), no decorrer da segunda sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Israel foi criticado, tendo o delegado da África do Sul o chamado de Estado "apartheid" que não observa as normas internacionais de direitos humanos.
Sputnik

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Na entrevista à Sputnik Internacional, Mark Heller, colaborador do Instituto para Estudos de Segurança Nacional em Tel Aviv, compartilhou a sua opinião quanto ao assunto.

Questionado sobre o motivo por que Israel é sempre duramente criticado na ONU, ele respondeu que, em primeiro lugar, é necessário olhar para a composição histórica do Conselho de Direitos Humanos, a maioria dos seus membros não representa quaisquer governos representativos. Por isso, acha, deveriam ficar calados.

"Acho que quando as pessoas querem desviar a atenção de si próprios, tentam atraí-la para outra coisa".

O especialista não nega que alguns órgãos da ONU trabalham produtivamente. Mas, no que se refere ao Conselho de Direitos Humanos, a sua contribuição para a causa da paz é nula, se resumirmos a atitude da ONU para com o conflito entre Israel e a Palestina.

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Mark Heller abordou também a questão do reconhecimento de Jerusalém como capital israelense e a transferência da embaixada norte-americana para esta cidade, dizendo que a situação não se acalmou. Os palestinos, para ele, estão tentando usar o descontentamento com esse passo norte-americano para a mobilização política.

"A reação de outros países, alguns deles árabes, foi mais formal do que sincera. Tal não tem impedido a sua prontidão ou capacidade de continuar as relações mutuamente vantajosas com os EUA ou até com Israel. Acho que as pessoas prestam demasiada atenção às palavras", concluiu Mark Heller.

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