'Diácono da morte' belga confessa 'eutanásia' de 20 pessoas, inclusive de sua mãe

O clérigo católico e ex-enfermeiro belga conhecido como "Diácono da morte" admitiu ter eutanasiado mais de 20 pessoas. Segundo a mídia local, ele pode tornar-se um dos maiores assassinos em série da história da Bélgica, se for condenado.
Sputnik

Ivo Poppe, de 61 anos, originário do município de Wevelgem, na região belga de Flandes, é suspeito de matar suas vítimas, injetando ar nas veias de seus pacientes, o que causava uma embolia fatal.

Os procuradores acusaram-no de ter matado pelo menos dez pessoas. Entretanto, Poppe afirmou durante uma audiência que, dessa forma, ele "ajudou" mais de 20 pessoas.

"Nunca queria matar, queria encurtar as vidas dos doentes terminais", disse o diácono durante a audiência de segunda-feira (22).

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As mortes ocorreram no hospital de Menen, onde Poppe trabalhou nos anos 80 e 90. Ele também realizou visitas pastorais até 2011. De acordo com a investigação, ele cometeu seus crimes entre 1978 e 2011. Ainda não está claro se as suas vítimas eram, na realidade, doentes terminais e se deram permissão para a eutanásia.

A sua mãe, que morreu aos 89 anos e sofria de depressão, também foi alegadamente uma das suas vítimas. Os médicos desmentem que ela tenha solicitado a eutanásia, como sustenta Ivo Poppe.

Segundo o diácono, suas ações foram influenciadas pela invalidez da sua irmã mais velha. "Isso teve um grande impacto em nossa família. Não teve uma infância feliz", disse ele.

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O diácono foi detido em maio de 2014 depois de ter dito a seu psiquiatra que “eutanasiou dezenas de pessoas”.

Na Bélgica, onde a eutanásia é considerada legal desde 2002, se a pessoa quer pôr termo à vida, ela tem que apresentar um conjunto completo de documentos incluindo declarações dos médicos confirmando que ela é de fato doente terminal ou sofre de dor forte. 

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