Ex-funcionário do Departamento de Estado: 'histeria antirrussa' sabotou a agenda de Trump

O presidente dos EUA, Donald Trump, durante seu primeiro ano no cargo, acabou cedendo o controle da política externa aos neoconservadores e não cumpriu sua promessa de campanha de estreitar os laços com a Rússia, disse o ex-assessor do secretário de Estado, Chas Freeman, à Sputnik.
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Este sábado marca um ano desde a posse de Trump. No dia em que assumiu o cargo, ele prometeu trabalhar com a Rússia e evitar campanhas militares de longo prazo no exterior.

"Se alguém teve sucesso no ano passado, esses foram o dos neoconservadores, que assumiram a política externa dos EUA, apesar da hostilidade aparente inicial do Sr. Trump", disse Freeman.

Trump enfrentou acusações sem precedentes e infundadas de apoiar Rússia, que o impediram de atuar para melhorar as relações entre as superpotências durante seu primeiro ano de mandato, observou Freeman.

"A histeria antirrussa, impulsionada por uma mistura de velhos hábitos da Guerra Fria, bem como a falta de vontade de [Hillary] Clinton de enfrentar suas próprias inadequações na qualidade de candidata, impediram Trump de explorar a cooperação com a Rússia", disse ele.

Como resultado, a estabilidade e a segurança europeias continuam em dúvida, disse Freeman.

"Ele não procurou acabar com as guerras que seus predecessores começaram. Em vez disso, ele cedeu aos argumentos de seus generais e continuou essas guerras", lamentou o ex-funcionário do Departamento de Estado.

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Tal como os seus generais, Trump não aceitou que os Estados Unidos perderam suas guerras no Afeganistão, no Iraque, na Somália, na Síria e no Iêmen, comentou Freeman.

Freeman é diretor vitalício do Atlantic Council e atuou como Chefe da Missão dos EUA e Encarregado de Negócios nas embaixadas dos EUA em Pequim e em Bangkok. Ele também ocupou vários cargos de alto nível no Departamento de Defesa dos EUA.

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