Doutrina americana pode permitir uso de armas nucleares como resposta a ataque cibernético

Ataques cibernéticos que ameaçam os EUA podem ser enfrentados com retaliação nuclear, informou o The New York Times. O uso de armas nucleares costumava ser restrito a um grupo pequeno de situações, como para responder um ataque de armas biológicas.
Sputnik

O que faz Pentágono mudar sua doutrina nuclear?
No ano passado, o presidente dos EUA, Donald Trump, encomendou a produção de uma nova doutrina nuclear norte-americana. As versões preliminares do documento exigem um aumento maciço de estoques de armas nucleares, o desenvolvimento de ogivas nucleares de baixo rendimento e mísseis de cruzeiro com armas nucleares para uso dos submarinos da Marinha dos EUA.

O uso de armas nucleares foi reservado apenas para os cenários mais extremos sob a política típica dos EUA. O projeto do novo código amplia a definição de circunstâncias extremas para "incluir tentativas de destruir infraestruturas de grande alcance, como a rede elétrica ou as comunicações de um país, que seriam mais vulneráveis ​​às células cibernéticas", observa o jornal.

A nova política coloca adequa o uso de armas nucleares "a avaliação realista das ameaças que enfrentamos hoje e as incertezas quanto ao futuro ambiente de segurança", afirma o projeto.

'Russofobia': Trump adotará nova doutrina para uso e desenvolvimento de armas nucleares
A versão ainda não foi aprovada pelo presidente. O Pentágono afirmou que a estratégia, publicada pela primeira vez pelo Huffington Post, ainda era um rascunho e carecia de uma decisão de Trump.

"Quase tudo sobre essa nova e radical política vai deixar o limite entre o uso de armas nucleares e convencionais mais borrado", avaliou Andrew Weber, ex-secretário assistente do Pentágono. Se Trump aprovar a estratégia, "tornará a guerra nuclear muito mais provável", completou o analista.

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