Será a Crimeia reconhecida como parte da Rússia pelo Ocidente?

Os círculos moderados no Ocidente estão discutindo a possibilidade da retirada das sanções da agenda política e reconhecimento da Crimeia como parte da Rússia, declarou o vice-presidente do governo da Crimeia e representante permanente da república do presidente russo, Georgy Muradov.
Sputnik

Na entrevista à Sputnik ele disse: "Os círculos mais modernos já estão discutindo o cenário da remoção do tema da Crimeia na agenda política e o reconhecimento da Crimeia como território russo, se Kiev concordar com isso algum dia. Acho que também temos que pensar nisso".

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De acordo com ele, o principal é não perder tempo e não permitir a alienação da consciência da população ucraniana, e fazer com que os ucranianos percebam que a Crimeia e Donbass abrem caminho para a restauração da unidade dos dois países que dão perspectivas ao desenvolvimento comum.

Muradov sublinhou que não é necessário nenhum reconhecimento "internacional" especial da Crimeia, que não é um Estado independente.

"Trata-se de outra coisa: será que os nossos rivais estão prontos para tomar as medidas ativas contra a soberania e integridade territorial da Rússia, da qual Crimeia se tornou parte? É óbvio que ninguém levanta a questão de tal modo, com talvez, a exceção de nacionalistas de Kiev. Em minha opinião, o tema da Crimeia é considerado de outro ângulo por nossos oponentes", notou o vice-presidente.

Segundo ele, julgando pelos documentos e declarações dos políticos ocidentais, impõem à Rússia o chamado jogo pelo "cenário do Báltico" quando as gerações mais novas copiam a experiência anterior, somadas às sanções econômicas e a pressão político-militar.

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"Acho que este é um cenário de luta consistente contra nosso país com métodos não militares, de acordo com o esquema do colapso da União Soviética", frisou Muradov.

Ele assinalou que os adversários da Rússia têm medo do seu escudo nuclear e potência militar, bem como a consciência da ameaça pelo povo russo, sua vontade e prontidão de defender o seu futuro e civilização multinacional criada durante séculos.

"Por isso, o Ocidente está cada vez mais a par que a agressão contra nosso Estado o levará a um conflito global e ao suicídio", concluiu Muradov.

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