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'Não há diferença entre ações de Netanyahu e Hitler', diz Erdogan; premiê rebate: 'Não tem moral'

© AFP 2023 / Ronen ZvulunFoto de arquivo tirada em 19 de novembro de 2017 do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, participando da reunião semanal de gabinete em Jerusalém e uma foto de arquivo tirada em 15 de dezembro de 2017
Foto de arquivo tirada em 19 de novembro de 2017 do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, participando da reunião semanal de gabinete em Jerusalém e uma foto de arquivo tirada em 15 de dezembro de 2017 - Sputnik Brasil, 1920, 27.12.2023
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Líder da Turquia afirma que além de ser parecido com Hitler, Netanyahu é ainda mais rico, uma vez que "recebe apoio do Ocidente". Premiê israelense responde dizendo que Erdogan não tem moral para fazer tais declarações e que as FDI são "o Exército mais moral do mundo".
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse nesta quarta-feira (27) que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu não era diferente de Adolf Hitler ao comparar os ataques de Israel na Faixa de Gaza ao tratamento dispensado ao povo judeu pelos nazistas.

"Eles costumavam falar mal de Hitler. Que diferença você [Netanyahu] tem de Hitler? Eles vão nos fazer olhar para Hitler também. O que esse Netanyahu está fazendo é menos do que o que Hitler fez? Não é. Ele é mais rico que Hitler, recebe o apoio do Ocidente. Todo tipo de apoio vem dos Estados Unidos. E o que eles fizeram com todo esse apoio? Mataram mais de 20 mil habitantes em Gaza", declarou o líder turco, citado pela agência Anadolu.

Erdogan disse que hoje, assim como há 80 anos na Alemanha nazista, acadêmicos de todo o mundo que têm a coragem de condenar a opressão e a perseguição em Gaza enfrentam pressões e ameaças, referindo-se a acadêmicos nos EUA e outros lugares que foram despedidos ou censurados por defenderem palestinos.
Para os acadêmicos que enfrentam pressão para defender a dignidade humana em Gaza, as portas das universidades turcas estão abertas, sublinhou Erdogan.

"Percebemos que as instituições que falam alto e gastam grandes orçamentos são completamente vazias quando se trata de Israel e das suas atrocidades. Do Conselho de Segurança das Nações Unidas às organizações de imprensa, da União Europeia aos grupos de jornalistas, todas as instituições que servem como apóstolos da democracia falharam [por causa dos ataques israelenses a Gaza]", afirmou o presidente turco.

Netanyahu rebateu Erdogan dizendo que ele "seria a última pessoa que poderia pregar moralidade" a Israel.
"Erdogan, que comete genocídio contra os curdos, que detém um recorde mundial de prisão de jornalistas que se opõem ao seu governo, é a última pessoa que pode nos pregar a moralidade", disse o premiê, segundo o The Times of Israel.
O primeiro-ministro acrescentou que "as Forças de Defesa de Israel [FDI] são o Exército mais moral do mundo, que está combatendo […] a organização terrorista mais desprezível e brutal […], o 'Hamas-Daesh' [ligando o Hamas ao Daesh, que é uma organização terrorista proibida na Rússia e em outros países], que cometeu crimes contra a humanidade, e Erdogan elogia-a e acolhe os seus altos funcionários", afirmou.
O ministro israelense do Gabinete de Guerra, Benny Gantz, também reagiu às declarações do líder turco dizendo que as suas observações "são distorções flagrantes da realidade e uma profanação da memória do Holocausto".
Condeno as declarações feitas pelo presidente turco Erdogan. Declarações que são distorções flagrantes da realidade e uma profanação da memória do Holocausto. O Hamas foi a organização que perpetrou um massacre desprezível. Remover a ameaça do Hamas dos cidadãos de Israel é uma necessidade existencial e um imperativo moral sem paralelo
O confronto entre Israel e Hamas já matou mais de 20 mil pessoas e deixou mais de 55 mil feridas do lado palestino. Em Israel, 1.200 foram mortas e cerca de 240 sequestradas.
Em sua maior parte, as vítimas na Faixa de Gaza são mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. Mais de 1,5 milhão de pessoas foram obrigadas a deixarem suas casas e dezenas de milhares estão sem acesso à água potável e comida.
Palestinos que fogem do norte pela estrada Salaheddine, no distrito de Zeitoun, na periferia sul da cidade de Gaza, passam por tanques do Exército israelense em 24 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 21.12.2023
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