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Israel joga bomba onde tem criança a pretexto de que um terrorista está lá, diz Lula

© Foto / Marcelo Camargo / Agência BrasilLuiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de sanção do projeto de lei que atualiza a Lei de Cotas. Brasília (DF), 13 de novembro de 2023
Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de sanção do projeto de lei que atualiza a Lei de Cotas. Brasília (DF), 13 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 13.11.2023
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Em evento em Brasília, presidente falou sobre a repatriação de 32 brasileiros e afirmou que a ofensiva israelense "está matando inocentes sem critério nenhum".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nesta segunda-feira (13), a ofensiva do governo israelense na Faixa de Gaza, afirmando que Israel bombardeia locais onde há crianças no enclave e mata inocentes, sem critério algum.
A declaração foi dada em discurso na cerimônia de sanção da atualização da Lei de Cotas, no Palácio do Planalto, em Brasília. No evento, o presidente comentou a repatriação dos 32 brasileiros que estavam sitiados na Faixa de Gaza.

"Nós estamos trazendo o que foi possível liberar com muito sacrifício, porque dependia da boa vontade de Israel, dependia da quantidade de pessoas, porque a gente não sabia. Todo dia [eu] ligava de manhã e de tarde, ligava com o ministro de Israel, ligava com o ministro do Egito, ligava com o nosso embaixador. Finalmente, nós conseguimos trazer as 32 pessoas. Agora vamos ver se tem mais gente na Cisjordânia que queira vir, porque nós não vamos deixar nenhum brasileiro ou brasileira lá se ele quiser voltar", disse o presidente.

Em seguida, Lula lamentou o fato de a maioria das vítimas da ofensiva israelense na Faixa de Gaza ser composta por mulheres e crianças.
"A quantidade de mulheres e crianças que já morreram e a quantidade de crianças desaparecidas, a gente não tem conhecimento em outra guerra", disse o presidente.
Lula tornou a classificar os atos do Hamas do dia 7 de outubro como terrorismo, mas afirmou que a resposta de Israel foi tão grave quanto o ataque do grupo palestino.

"Nessa guerra, depois do ato provocado, e eu digo ato de terrorismo do Hamas, as consequências, as soluções de Israel, é tão grave quanto foi a do Hamas, porque eles estão matando inocentes, sem critério nenhum. [Israel] joga bomba onde tem criança, onde tem hospital, a pretexto que um terrorista está lá. Não tem explicação", disse o presidente.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, participa de seu briefing semanal em Moscou, na Rússia, 10 de outubro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 07.11.2023
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Nesta segunda-feira, em comunicado, a Autoridade Nacional Palestina informou que 11.240 pessoas morreram em decorrência da ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

"O número de vítimas na Faixa de Gaza devido aos ataques israelenses aumentou para 11.240, incluindo 4.630 crianças. O número de feridos atingiu 29 mil, mais de 70% deles são crianças", informou o comunicado.

Egito e Catar condenam declaração de Israel sobre uso de armas nucleares em Gaza

Nesta segunda-feira, representantes dos governos do Egito e do Catar condenaram as declarações dadas pelo ministro para os Assuntos de Jerusalém israelense, Amichai Eliyahu, sobre o uso de armas nucleares na Faixa de Gaza. No último dia 5, em entrevista a uma rádio, Eliyahu afirmou que essa era uma possibilidade.

"Condenamos nos termos mais veementes e expressamos o quanto ficamos chocados quando ouvimos as declarações do ministro israelense, quando ele ameaçou usar armas nucleares contra o povo palestino em Gaza", disse o embaixador egípcio Osama Abdel Khalek.

O representante do Catar na Organização das Nações Unidas (ONU) também reagiu, dizendo que o país condena o que chamou de "declarações extremistas israelenses" sobre a possibilidade de utilização de uma bomba nuclear na sitiada Faixa de Gaza. Ele afirmou que a declaração de Eliyahu "equivale a uma incitação a crimes de guerra e ao desrespeito pelas leis e valores internacionais".
As declarações foram dadas durante a quarta sessão da conferência da ONU sobre o estabelecimento de uma zona livre de armas nucleares e outras armas de destruição em massa no Oriente Médio, que está sendo realizada na sede da organização, em Nova York, de 12 a 17 de novembro.
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