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Descaso de Biden do sofrimento de palestinos pode lhe custar a presidência, diz ex-senador dos EUA

© AP Photo / Evan VucciJoe Biden, presidente dos EUA, fala sobre tiroteio no Maine, em 3 de novembro de 2023
Joe Biden, presidente dos EUA, fala sobre tiroteio no Maine, em 3 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 04.11.2023
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A resposta do presidente norte-americano à crise na Faixa de Gaza afundou seu apoio entre os árabes americanos, refere Richard Black, que já foi senador pelo estado da Virgínia.
O fato de Joe Biden, presidente dos EUA, ignorar o sofrimento dos árabes no Oriente Médio pode lhe custar a presidência, disse um ex-senador pelo estado da Virgínia à Sputnik.
Mais de 9.000 palestinos foram mortos desde que Israel lançou sua campanha militar em Gaza em resposta ao ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro, de acordo com os dados mais recentes das Nações Unidas. Na sexta-feira (3) foi relatado que o governo Biden pediu a Israel que explicasse um ataque ao campo de refugiados de Jabalia, em Gaza, que deixou 400 pessoas mortas ou feridas.
"O descaso do presidente Biden com o sofrimento árabe pode lhe custar a presidência", segundo Richard Black.
"A [agência norte-americana] Associated Press informa que a grande comunidade muçulmana de Michigan se voltou contra ele; se Biden perder Michigan, ele pode perder a eleição", prevê.
Black acredita que a violência em Gaza dividiu o Partido Democrata, causando um dilema incômodo para Biden.
"Os democratas não podem funcionar sem as contribuições políticas dos judeus", disse ele.
"De acordo com o [jornal israelense] The Jerusalem Post, suas contribuições constituem mais da metade de todas as doações para o Partido Democrata. Os ricos doadores judeus insistem que Biden permita que Israel continue sua campanha de bombardeio irrestrito na Faixa de Gaza. Se ele não apoiar o bombardeio, eles podem não contribuir para sua campanha de 2024."
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Ele relatou que, "em 2020, os judeus votaram 75% nos democratas, e 65% dos muçulmanos americanos fizeram o mesmo. Em 31 de outubro, a [agência britânica] Reuters informou que o apoio dos árabes americanos a Biden e aos democratas havia caído para 17% nas pesquisas recentes", observou ele, mas notou que, mesmo antes dos últimos acontecimentos na Faixa de Gaza, os democratas já tinham perdido apoio dos muçulmanos.
A desordem que se seguiu nas escolas públicas, continuou Black, causou um declínio dramático nos resultados dos testes dos alunos, incluindo a queda acentuada nos resultados de matemática e leitura.
"As políticas escolares fracassadas de Biden já haviam lhe custado algum apoio muçulmano, mas o bombardeio impiedoso de Gaza foi a gota d'água para muitos muçulmanos", afirmou ele.
"A raiva deles representa um grande desafio para Biden em sua corrida para a reeleição."
Black concluiu que, embora a maioria dos americanos considere que os israelenses eram justificados em responder após o ataque do Hamas em 7 de outubro, permanece a questão: quanto é suficiente?
"Os americanos estão preocupados com o fato de a resposta israelense ter se tornado excessiva, mesmo que, no início, tenha sido garantida alguma margem de represália", destacou o senador.
"Nesta semana, um único bombardeio matou 400 palestinos, diminuindo ainda mais o apoio global ao ataque israelense. O líder da maioria no Senado dos EUA, Dick Durbin, pediu um cessar-fogo imediato", referiu Richard Black.
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