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Lavrov: Rússia vê os apelos do Ocidente para negociações sobre Ucrânia como truque para ganhar tempo

© Sputnik / Serviço de imprensa do Ministério das Relações Exteriores da RússiaSergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, durante encontro com Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba, em Havana. Cuba, 20 de abril de 2023
Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, durante encontro com Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba, em Havana. Cuba, 20 de abril de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 19.08.2023
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Por enquanto não há perspectivas de negociações entre a Rússia e o Ocidente em relação à Ucrânia, disse Sergei Lavrov, o ministro das Relações Exteriores russo, em uma entrevista à revista Mezhdunarodnaya Zhizn (Vida Internacional).
"Desta forma, as perspectivas de negociações entre a Rússia e o Ocidente não são visíveis agora. Além disso, os patrocinadores ocidentais estão constantemente pressionando o regime de Kiev para aumentar as apostas. Entretanto nós consideramos os apelos hipócritas dos ocidentais a negociações como uma manobra tática para ganhar tempo mais uma vez, dar às tropas ucranianas exaustas uma pausa e a oportunidade de se reagrupar, reabastecê-las novamente com armas e munições. Mas este é um caminho de guerra e não de um acordo de paz. Isso é muito claro para nós", disse Lavrov.
Segundo ele, em várias cidades, em particular em Copenhague e Jidá, são realizadas reuniões multilaterais sem o convite de representantes russos. De acordo com o ministro, isso está acontecendo "na esperança de persuadir os países em desenvolvimento a apoiar a 'fórmula de paz' de Zelensky".
"Ao mesmo tempo, Moscou é acusada de 'falta de vontade de participar das negociações', e quaisquer argumentos sobre a necessidade de levar em conta os interesses vitais do nosso país são logo descartados. Compreensivelmente, tal abordagem não indica a intenção do Ocidente de negociar com a Rússia", ressaltou o chanceler.
Pessoas com visões de mundo racistas estão atualmente "no comando" dos países ocidentais, e é difícil para eles aceitar a multipolaridade.
"No Ocidente agora 'no comando' estão tais pessoas como [o chefe da política externa da União Europeia] Josep Borrell, que dividem o mundo em seu 'jardim florescente' e 'selva', onde, na opinião deles, vive a maior parte da humanidade. Com essa, não terei medo desta palavra, visão do mundo racista, claro que é difícil conformar-se com a chegada da multipolaridade", observou Lavrov.
Segundo ele, hoje poucos negam que "os americanos e seus satélites estão tentando desacelerar, se não inverter, a evolução natural das relações internacionais no contexto da formação de um sistema multipolar". A este respeito, Lavrov ressaltou que os EUA e seus aliados consideram possível "curvar o mundo inteiro às suas necessidades", inclusive através do uso da força, bem como usando sanções unilaterais, não aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU.
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"O que mais os assusta, em primeiro lugar, é a perspectiva de perder a capacidade de parasitar o resto do mundo, garantindo assim para si um crescimento econômico mais avançado às custas dos outros", explicou chanceler russo.
Rússia considera possível e necessário evitar um confronto militar entre as potências nucleares, que os EUA e a OTAN estão arriscando ao levar o conflito ucraniano a uma escalada cada vez maior, disse o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.
"Os EUA e países da OTAN correm o risco de ficar em uma situação de confronto armado direto entre potências nucleares. Acreditamos que tal desenvolvimento deve e pode ser evitado", enfatizou ele.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia destacou as prioridades de Moscou no atual processo geopolítico. "A Rússia moderna vê sua missão em manter um equilíbrio global de interesses e construir uma arquitetura mais equitativa das relações internacionais", disse ele.
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