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Ante tendência do mercado global, Petrobras avança para negociar em moedas nacionais

© AFP 2023 / Edson PassarinhoVista parcial do canteiro de obras da plataforma semissubmersível off-shore P-51 da Petrobras no estaleiro Brasfelf em Angra dos Reis
Vista parcial do canteiro de obras da plataforma semissubmersível off-shore P-51 da  Petrobras no estaleiro Brasfelf em Angra dos Reis - Sputnik Brasil, 1920, 06.07.2023
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A gigante energética brasileira Petrobras pode começar a negociar em moedas nacionais como o yuan, disse o CEO Jean Paul Prates à Sputnik.
"Sim, vamos avançar para isso. Isso depende também das autorizações do Banco Central, do nosso Ministério da Fazenda. Mas hoje, com o atual governo, não temos resistência a isso. Temos falado sobre contratos em yuan. Estávamos falando de contratos para a Argentina, por exemplo, muito importantes, porque estão muito carentes de dólares. Então, quase seremos obrigados a lidar com esse tipo de alternativa em relação ao dólar", disse Prates à Sputnik nos bastidores do Seminário Internacional da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em Viena.
A Petrobras também continua aberta a moedas digitais como o bitcoin e tem um departamento analisando essa opção, acrescentou o executivo.
Mais países estão se afastando do dólar americano no comércio bilateral. No setor de energia, Rússia e Índia vêm explorando a opção de negociar em moedas nacionais, contornando a necessidade de usar o dólar americano, já que o país do sul da Ásia é um grande comprador de energia russa. No entanto, as negociações entre Moscou e Nova Deli sobre a liquidação do comércio em rúpias foram suspensas em maio deste ano.
Presidente da empresa brasileira de energia Petrobras, Jean Paul Prates, fala durante coletiva de imprensa na sede da Petrobras no Rio de Janeiro, Brasil, em 2 de março de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 05.06.2023
Panorama internacional
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Indústria petrolífera brasileira

É esperado que a produção de petróleo do Brasil continue crescendo neste ano e em 2024 em cerca de 4-5%.
"Temos dois novos navios flutuantes de armazenamento e descarga [FPSOs, na sigla em inglês] que saíram agora, neste ano. Então, podemos ter outro incremento de 4% ou 5% [...] neste ano e no próximo também, pelos planos que já temos, de FPSOs que já estão sendo construídos e entrarão em operação muito em breve", disse Jean Paul Prates à Sputnik à margem do seminário internacional da OPEP.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que, em 2022, a produção de petróleo do país subiu para três milhões de barris por dia, registrando um aumento de 4% em relação a 2021. Enquanto isso, as reservas totais de petróleo do país aumentaram 10,6% em relação ao ano anterior, ou 26,91 bilhões de barris.
Ao mesmo tempo, as reservas comprovadas de petróleo do Brasil cresceram 11,5%, totalizando 14,9 bilhões de barris. Suas exportações de petróleo saltaram 68,3%, para 1,3 bilhão de barris por dia.
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