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Para normalizar relações com Pequim Blinken precisa reafirmar política de Uma Só China, diz analista

© AP Photo / Andy WongBandeiras dos Estados Unidos e da China exibidas em um riquixá em Pequim em 16 de setembro de 2018.
Bandeiras dos Estados Unidos e da China exibidas em um riquixá em Pequim em 16 de setembro de 2018. - Sputnik Brasil, 1920, 19.06.2023
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Para melhorar as relações com Pequim, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que está em visita à China, deve confirmar o compromisso com a política de Uma Só China, mas as contradições ainda são muito fortes, afirmou à Sputnik o diretor do Instituto da China e da Ásia Moderna da Academia de Ciências em Moscou, Kirill Babaev.

"A coisa mais importante que os Estados Unidos podem fazer é reafirmar o seu compromisso com a política de Uma Só China. [...] Se Blinken deixar claro durante sua visita que os EUA não reconhecem o desejo de independência de Taiwan e aderem à política de Uma Só China, será um passo que contribuirá para a desescalada", disse especialista.

Segundo Babaev, os EUA estão muito interessados em retomar o diálogo com a China, por isso, eles podem perfeitamente fazer concessões importantes.
Ele também acrescentou que uma reunião entre o secretário de Estado dos EUA e Xi Jinping é possível, algo com que o lado americano está contando muito para mostrar, acima de tudo ao público americano, que a China não está ignorando a liderança dos EUA.

"Acho que tudo hoje depende das ações dos próprios Estados Unidos, porque foram eles que deram uma série de passos provocativos nos últimos tempos, o que incomoda muito Pequim. Eu acho que, se os Estados Unidos prometerem parar os contatos de alto nível com os representantes de Taiwan, parar ou retardar a assistência militar que eles prestam à ilha, isso certamente será entendido em Pequim", disse o especialista.

Babaev também afirmou que, no contexto do cancelamento das restrições comerciais entre a China e os Estados Unidos, é necessário que os americanos deem o primeiro passo.
Comentando a possibilidade de os EUA pressionarem a China para mudar a posição chinesa quanto à crise ucraniana e a cooperação com a Rússia, o especialista destacou que os Estados Unidos não têm mais qualquer intenção de mudar radicalmente a posição da China.
Isto porque Washington está bem ciente de que a China tomou um rumo estratégico para expandir a cooperação mutuamente benéfica com a Rússia, e os EUA estão mais interessados em seu próprio relacionamento com Pequim.

Enfatizando, o especialista apontou que "tudo dependerá da disposição dos EUA em dialogar. A China disse muitas vezes que está pronta para o diálogo, mas hoje, em vez disso, os EUA estão dando vários passos que [a Pequim] parecem agressivos".

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