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'Meu objetivo é afastar a política do Exército Brasileiro', diz comandante Tomás Paiva

© Foto / Carolina Antunes / Palácio do Planalto / CCBY 2.0Tomás Miguel Ribeiro Paiva
Tomás Miguel Ribeiro Paiva - Sputnik Brasil, 1920, 02.04.2023
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General chamou a atenção de Lula após vídeo em que pede respeito ao resultado das urnas viralizar. Silêncio em torno do aniversário do golpe militar no Brasil depois do aviso do comandante foi visto como uma vitória para o militar.
Após anunciar que puniria oficiais da força que comemorassem o último dia 31, aniversário do golpe militar no Brasil, o chefe do Exército Brasileiro, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, disse que seu objetivo no comando da força é a afastar da política.
"Meu objetivo é afastar a política do Exército. Somos profissionais e temos que focar no nosso trabalho", afirmou Tomás Paiva ao jornal O Globo.
O comandante-geral do Exército chamou a atenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois que viralizou um vídeo no qual o militar pede respeito ao resultado das urnas, mesmo em meio aos ataques recorrentes do ex-presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral.
O silêncio da celebração obtido pelo comandante agora no último dia 31, depois de vetar a leitura da Ordem do Dia e ameaçar punição, foi considerado uma vitória do militar cuja trajetória foi forjada pela convivência próxima tanto com defensores do sistema eleitoral, como o ex-presidente Fernando Henrique, quanto com líderes acusados de terem ameaçado se insurgir contra ele, como Bolsonaro, relembra a mídia.
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O general, na verdade, tem um passado de boas relações com o principal adversário de Lula. O militar era visto por Bolsonaro e auxiliares próximos do ex-presidente como alguém de confiança.
Entretanto, colegas de caserna afirmam que o respeito do comandante ao papel institucional do Exército é uma das principais marcas de sua carreira. Ele foi ajudante de ordens dos ex-presidentes Itamar Franco e de FHC.
Apesar da experiência no epicentro do poder, o general demonstrou saber dissociar a atuação militar de atividades políticas, o que teria motivado o convite de Lula.
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