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Ao responder sobre ausência de Bolsonaro, Carlos França diz que Brasil tem 'peso específico' no G20

© AP Photo / Leon NealO ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos Franca, é recebido pelo presidente da República da Indonésia, Joko Widodo, à direita, durante a cerimônia formal de boas-vindas para marcar o início da Cúpula do G20, em Nusa Dua, Indonésia, 15 de novembro de 2022
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos Franca, é recebido pelo presidente da República da Indonésia, Joko Widodo, à direita, durante a cerimônia formal de boas-vindas para marcar o início da Cúpula do G20, em Nusa Dua, Indonésia, 15 de novembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 17.11.2022
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Nesta edição do G20, o Brasil – junto ao México e à Rússia – foi um dos três países que não tiveram seus chefes de Estado presentes no evento. No caso brasileiro, o presidente, Jair Bolsonaro, enviou o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, para representar a nação.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, França foi questionado se líderes presentes no evento lamentaram a ausência de Bolsonaro, o ministro respondeu sem citar o presidente, enfatizando que o país foi "instrumental" com outros emergentes, que "tem peso específico" no G20 e "assim também será no próximo governo".
"O Brasil sempre teve e segue tendo papel fundamental nas discussões do G20, como ficou mais uma vez demonstrado nesta Cúpula de Bali, em que a diplomacia brasileira desempenhou um papel decisivo na construção de pontes. Assim, contribuímos para conciliar diferentes visões e adotar a declaração de líderes, que tive a honra e o privilégio de aprovar", respondeu.
O diplomata também relatou que teve vários encontros bilaterais à margem do evento, por exemplo, com a chanceler Retno Marsudi, da Indonésia, membros do BRICS, Antony Blinken, entre outros.

"[…] Nossa parceria com a Indonésia e com as delegações de países emergentes de todas as regiões, em particular entre membros do BRICS, foi instrumental para engajar economias avançadas e emergentes na busca de consensos. Com o chanceler mexicano Marcelo Ebrard, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e outros ministros da região intercambiarmos visões sobre a eleição para a presidência do BID no próximo dia 20. Tratei com a doutora Ngozi Okonjo-Iweala diretora-geral da OMC, sobre como avançar o processo de reforma da organização. Também reuni-me com o secretário-seral da ONU, António Guterres, com quem conversei sobre temas relacionados à segurança alimentar e a biocombustíveis. Já com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, falamos dos progressos da diplomacia da saúde e a contribuição do G20 na matéria", disse França.

Ao mesmo tempo, o chanceler disse que durante a cúpula pode conversar com autoridades europeias e que as mesmas têm vontade de fortalecer o laço com o Mercosul, entre as lideranças, está Ursula von der Ley, com quem França contou que teve a chance de dialogar.
"O interesse dos investidores europeus pelo Brasil é enorme. A UE é o maior investidor estrangeiro direto no Brasil, com forte presença na manufatura e nos serviços. Há crescente interesse por energia renovável, área em que o Brasil é reconhecido como um dos principais líderes, graças ao uso de biocombustíveis e usinas hidroelétricas, além dos avanços e do nosso potencial em fontes como solar, eólica, biomassa e hidrogênio verde."
Reunião Plenária da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 16.11.2022
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Na cúpula, a operação russa na Ucrânia foi um dos pontos centrais de discussão, e o Brasil se posicionou ao lado da maioria do G20 em relação ao conflito. Embora dividido, o grupo aprovou um comunicado final no qual "a maioria dos Estados-membros condenam fortemente a guerra [operação] na Ucrânia".
O ministro lembrou durante a entrevista que o Brasil já tinha votado a favor de resolução na Assembleia Geral da ONU condenando a ação russa em território ucraniano.
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