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EUA devem admitir que países como a Arábia Saudita têm 'seus próprios interesses', diz mídia

© AFP 2023 / Mandel NganJoe Biden, presidente dos EUA (ao centro, de terno), e Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita (ao centro, ao lado de Biden), chegam para foto conjunta durante a Cúpula de Segurança e Desenvolvimento de Jeddah, em hotel na cidade costeira de Jeddah, na Arábia Saudita, em 16 de julho de 2022
Joe Biden, presidente dos EUA (ao centro, de terno), e Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita (ao centro, ao lado de Biden), chegam para foto conjunta durante a Cúpula de Segurança e Desenvolvimento de Jeddah, em hotel na cidade costeira de Jeddah, na Arábia Saudita, em 16 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 13.11.2022
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Em declarações à agência Bloomberg, diplomatas europeus afirmaram que os EUA não conseguirão avançar sua agenda se acharem que os países do golfo Pérsico, produtores de petróleo, devem seguir sendo "aliados condescendentes”.
A controvérsia em torno da subida dos preços do petróleo pela OPEP+ significa que os países estão prontos para "enfrentar ou questionar a influência dos EUA", mesmo que isso contradiga suas aspirações econômicas "imediatas", sugeriu na sexta-feira (11) a agência norte-americana Bloomberg.
A Bloomberg citou diplomatas europeus como dizendo que os EUA "tinham se acostumado a ter aliados condescendentes na região do golfo Pérsico", mas a situação mudou e, por isso, Washington devia admitir que a Arábia Saudita "está cuidando de seus próprios interesses", em vez de ver a ação como um desafio ao poder americano.
Por isso, argumentou uma das fontes, os EUA precisam "destas relações regionais no futuro e têm que fazê-las funcionar", acrescentando que "se tivermos esta atitude de 'ou estão conosco ou contra nós', e não nos engajarmos, então isso não acontecerá".
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Fricções entre EUA e OPEP+

Em outubro, a OPEP+ decidiu cortar a produção petrolífera em dois milhões de barris por dia a partir de novembro, considerando os níveis de produção acordados para agosto como ponto de referência. A iniciativa foi avançada em resposta à incerteza no mercado mundial de petróleo, em parte causada pelas sanções ocidentais às entregas de energia russas e aos planos do G7 de introduzir um teto de preços aos combustíveis russos.
Os EUA rechaçaram o aumento dos preços do petróleo e criticaram a Arábia Saudita por supostamente ter prometido em privado não reduzir a produção. Riad rejeitou as declarações e sublinhou que a decisão foi tomada por motivos econômicos.
A OPEP compreende a Arábia Saudita, Argélia, Angola, República do Congo, Emirados Árabes Unidos, Guiné Equatorial, Gabão, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria e Venezuela, sendo que os sauditas são os líderes de fato do cartel.
A OPEP+, para além dos países referidos, é ainda composta pelo Azerbaijão, Bahrein, Brunei, Cazaquistão, Filipinas, Malásia, México, Omã, Rússia, Sudão e Sudão do Sul. Ela tem mecanismos para acordar a produção e os preços mundiais do petróleo.
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