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Putin: grãos da Ucrânia não chegam aos países mais pobres, é um 'completo embuste' pelo Ocidente

© Sputnik / Gavriil GrigorovPresidente da Rússia, Vladimir Putin, durante reunião em formato de videoconferência sobre assuntos agrários, 27 de setembro de 2022
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante reunião em formato de videoconferência sobre assuntos agrários, 27 de setembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 27.09.2022
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A safra de grãos neste ano deverá ser grande, em alguns aspectos até recorde, já foram colhidos 138,7 milhões de toneladas de grãos e esperam-se 150 milhões de toneladas, informou o presidente russo, Vladimir Putin, durante reunião sobre assuntos agrários.
O presidente russo disse que, na difícil situação atual, a Rússia satisfará suas necessidades e até será capaz de exportar grãos. Mesmo assim, é preciso aumentar a produção de qualidade no país, tanto para o consumo doméstico, como para exportação.
As sanções impostas à Rússia estão piorando a situação no que se refere aos produtos alimentícios no mundo, e isso não está ligado à operação especial russa na Ucrânia: toda a responsabilidade pela situação "recai sobre o chamado Ocidente coletivo", de acordo com Putin.

"As entregas de nossos grãos e fertilizantes para o estrangeiro continuam infelizmente sendo obstruídas, [e isso não é um problema] para nós, mas para o mercado mundial de alimentos. As sanções contra a Rússia ameaçam agravar a situação atual ainda mais, tornar-se uma crise global de alimentos, crise que vem ocorrendo já há anos. E isso não tem nada a ver com a operação militar especial russa em Donbass. Isso foi feito por alguns dos principais países, que orientaram dessa forma a política na área financeira e alimentar."

Os grãos da Ucrânia não chegam aos países mais pobres do mundo, apesar de a Rússia apontar constantemente para este problema, enfatizou Putin.
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Ele especificou que, até 23 de setembro, dos 203 navios que saíram dos portos ucranianos, apenas quatro eram destinados aos países mais pobres, conforme o programa da ONU. De 46 embarcações expedidas na semana passada, 14 indicaram a Turquia como país de destino ou intermediário e, das restantes 32, 25 seguiram para a União Europeia.

"Será que estes são os países mais pobres? A situação não muda. É aborrecedor dizer isso, mas é um completo embuste e nada mais", afirmou o líder russo.

O presidente até rotulou de "predatória" a posição dos países mais ricos do mundo, que continuam comprando os produtos alimentares em grandes quantidades.
"O preço dos alimentos no mercado global voltou aos níveis do início deste ano, mas é 40% superior a 2020. E isso, sem qualquer exagero, é consequência direta da política predatória dos países mais ricos do mundo, que continuam comprando ativamente alimentos", constatou Vladimir Putin.
O mandatário sublinhou que o volume das importações norte-americanas supera as exportações em US$ 22,3 bilhões (R$ 120,27 bilhões), "ou seja, hoje os EUA importam mais produtos alimentares do que exportam", disse Putin.
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