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Relator de tortura da ONU denuncia 'perseguição política e arbitrariedade judicial' contra Assange

© AFP 2023 / Christophe ArchambaultManifestantes em apoio a Julian Assange, fundador do WikiLeaks, em Paris, França, 3 de julho de 2022
Manifestantes em apoio a Julian Assange, fundador do WikiLeaks, em Paris, França, 3 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 01.08.2022
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O denunciante do WikiLeaks está vendo negada a possibilidade de justiça e sendo maltratado por ter exposto os crimes dos poderosos, de acordo com o relator especial da ONU sobre tortura.
Nils Melzer, relator especial da ONU sobre tortura, denunciou à revista Le Monde Diplomatique que Julian Assange, fundador do WikiLeaks, cuja extradição do Reino Unido está sendo solicitada pelas autoridades dos EUA, foi vítima de perseguição política e arbitrariedade judicial.
"Ao investigar o caso de Julian Assange, encontrei provas irrefutáveis de perseguição política e arbitrariedade judicial, além de tortura e maus-tratos deliberados. Entretanto, os Estados responsáveis se recusaram a cooperar comigo para tomar as medidas de investigação exigidas pelo direito internacional", resumiu ele.
"É a história de um homem perseguido e maltratado por revelar os segredos sórdidos dos poderosos, incluindo crimes de guerra, tortura e corrupção", qualificou o relator especial da ONU.
Para Melzer, o caso Assange também "é a história da arbitrariedade judicial deliberada nas democracias ocidentais, que têm o desejo de se apresentar como exemplares na matéria de direitos humanos".
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"Por fim, é a história de reportagens manipuladas e manipuladoras na grande mídia com o propósito de isolar, demonizar e destruir deliberadamente um determinado indivíduo", disse ele.
"Em uma democracia governada pelo Estado de direito, todos são iguais perante a lei", sublinhou.
O denunciante preso na prisão de Belmarsh, Londres, Reino Unido, é acusado nos EUA de espionagem e hacking pela publicação desde 2010 de centenas de milhares de páginas de documentos militares secretos e mensagens diplomáticas sobre as atividades de Washington nas guerras do Iraque e do Afeganistão, que foram divulgados por seu portal WikiLeaks.
Julian Assange foi detido em abril de 2019 na embaixada equatoriana na capital britânica, onde estava desde agosto de 2012, depois que Quito retirou sua imunidade diplomática. Apesar de terem sido levantadas algumas preocupações sobre a saúde mental e possibilidade de suicídio do fundador do WikiLeaks em meio às suas condições de detenção, em 17 de junho Priti Patel, ministra do Interior do Reino Unido, aprovou sua extradição aos EUA, decisão da qual Assange recorreu.
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