Porta-voz do presidente russo: é difícil piorar relações entre EUA e Rússia, estão em estado péssimo
© AFP 2023 / Mladen Antonov Bandeiras da Rússia e dos EUA hasteadas por ocasião da chegada a Moscou, no aeroporto de Vnukovo, do secretário de Estado norte-americano John Kerry, 7 de maio de 2013
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A Rússia e os Estados Unidos estão à beira do rompimento de relações diplomáticas, sendo difícil piorar os laços ainda mais, caso os EUA incluam a Rússia na lista de patrocinadores do terrorismo, dizem altos funcionários russos.
"É muito difícil fazer algo que possa piorar ainda mais as relações entre a Rússia e os Estados Unidos, já que elas estão em estado péssimo", afirmou o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, ao responder à pergunta sobre como o Kremlin avalia as possíveis consequências para a Rússia caso os EUA a reconheçam como Estado patrocinador do terrorismo.
Anteriormente, a edição norte-americana Politico, referindo-se a fontes familiarizadas com o assunto, comunicou que a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, tinha avisado o secretário de Estado, Antony Blinken, que o Congresso incluiria, por conta própria, a Rússia na lista de países patrocinadores do terrorismo se o Departamento de Estado não o fizesse.
Mais tarde, o senador russo e membro do Comitê de Defesa da Soberania Andrei Klimov afirmou que os planos do Congresso norte-americano de incluir a Rússia na lista de patrocinadores do terrorismo, contornando o Departamento de Estado, se explicavam pelas eleições para o Congresso, previstas para o início de novembro, que já estão aproximando. Assim, Klimov está convencido de que as declarações de Pelosi só visam influenciar os eleitores norte-americanos.
"[Tais declarações] estão destinadas exclusivamente para uso interno [nos Estados Unidos], para influenciar os eleitores. Para novembro estão previstas eleições para o Congresso, assim eles desejam elevar a sua popularidade política", acredita o senador russo.
Segundo Klimov, se os EUA realmente decidirem tomar tal decisão, na arena internacional tal passo não vai acarretar quaisquer consequências.
"Os Estados Unidos já estão à beira do rompimento das relações diplomáticas com a Rússia, por isso se trata apenas de uma preparação para a campanha eleitoral", disse o senador.