Ao menos 31 migrantes morrem após barco com destino ao Reino Unido virar no canal da Mancha
17:21 24.11.2021 (atualizado: 14:20 30.11.2021)
© AP Photo / Nicolas GarrigaUm barco de pesca francês é visto nos limites das águas franco-britânicas, na Normandia, no dia 9 de novembro de 2021
© AP Photo / Nicolas Garriga
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Um barco que levava migrantes para o Reino Unido afundou no canal da Mancha, nesta quarta-feira (24), deixando pelo menos 31 mortos, informou o ministro do Interior da França, Gérald Darmanin.
Segundo ele, as autoridades encontraram 31 corpos e dois sobreviventes, de um total de 34 tripulantes. Uma pessoa ainda continua desaparecida.
O acidente foi descoberto por um barco naval francês, que resgatou os corpos e os feridos, informou um porta-voz da autoridade marítima.
Uma operação conjunta franco-britânica foi montada para procurar o possível sobrevivente e permanecia em andamento na noite desta quarta-feira (24). As nacionalidades dos viajantes não foram divulgadas.
La responsabilité de ce drame est avant tout celle des passeurs, qui mettent en danger le vie d’hommes, de femmes et d’enfants sans aucun scrupule. Nos policiers et nos gendarmes sont mobilisés au quotidien pour lutter contre ces criminels. pic.twitter.com/q5zLByTCi2
— Gérald DARMANIN (@GDarmanin) November 24, 2021
A responsabilidade por esta tragédia é sobretudo dos contrabandistas, que põem em perigo a vida de homens, mulheres e crianças sem quaisquer escrúpulos. Nossos policiais e guardas estão mobilizados diariamente para lutar contra esses criminosos.
Os governos de França e Reino Unido já discutem há algum tempo sobre como evitar as travessias cada vez mais arriscadas de migrantes, mas ainda não chegaram a um consenso.
A maior parte deles é formada por pessoas que fogem de conflitos no Afeganistão, no Iraque, na Eritreia e no Sudão. Algumas delas chegam ao norte da França e tentam cruzar a fronteira para o Reino Unido.
Após o ocorrido, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse estar "chocado, horrorizado e profundamente triste", acrescentando que é preciso fazer algo para "quebrar o modelo de negócios dos gângsteres que estão enviando pessoas para o mar dessa maneira".