Em pronunciamento feito em uma conferência sobre a política da União Europeia para migração e asilo, realizada on-line pelo Parlamento Europeu, Ursula von der Leyen fez um apelo aos países do bloco para que sejam retomadas as discussões sobre migração no continente.
Migration is a fact for Europe – and it always will be.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) November 19, 2020
It's time to come together and forge a common solution.
Our New Pact offers the fresh start Europe needs.
Happy to talk at the Conference on Migration & Asylum in Europehttps://t.co/fimrYNEm4D
A migração é um fato para a Europa - e sempre será. É hora de nos unirmos e forjar uma solução comum. O nosso Novo Pacto oferece o novo começo de que a Europa necessita. Fico feliz em falar na Conferência sobre Migração e Asilo na Europa.
"O sistema atual não funciona. O pacto sobre migração e asilo apresentado por nós nos permitirá seguir um novo caminho", afirmou.
A Comissão Europeia insiste na retomada dos debates sobre Pacto Europeu para as Migrações, que foi elaborado após consultas com todos os países da região. Porém, divergências entre as nações impossibilitam que o projeto entre em vigor.
"A solução que satisfaz a todos simplesmente não existe. É preciso reconhecer a existência de divergências, superá-las e seguir em frente. Este dossiê não pode ficar imobilizado", frisou Von der Leyen.
Ao assegurar que a situação é complicada em alguns países, ela disse que não vê sentido em travar batalhas e apelou para que seja encontrada uma solução sem demora. "É necessário tanto para os imigrantes e refugiados como para os nossos cidadãos", sublinhou.
Pacto Europeu para as Migrações
A Comissão Europeia apresentou o seu projeto de um novo pacto da UE sobre a migração no final de setembro. Este documento propõe o reforço do controle dos imigrantes nas fronteiras da UE e a aceleração do estudo dos pedidos de concessão de asilo.
Prevê-se também o estabelecimento da responsabilidade comum dos 27 membros da UE pela admissão e repatriação de imigrantes, assumindo assim o alívio da pressão sofrida por países como Grécia, Itália e Malta, que enfrentam o maior fluxo de imigrantes. A Comissão Europeia também deseja apresentar um plano para a integração dos imigrantes legais na UE.
As novas iniciativas causaram divergências no continente europeu. O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, declarou que não classifica o projeto como um avanço sério. Segundo ele, a UE deveria pensar em como conter a chegada de imigrantes.