"Foi um ato ilegal e um incidente altamente provocativo [...] Expressamos nossa forte insatisfação e resoluta oposição", afirmou o Escritório de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado da China nesta quinta-feira (11), segundo o Global Times.
A declaração ocorreu depois que o Ministério da Defesa de Taiwan permitiu que um avião de carga C-40A Clipper da Marinha dos EUA voasse no espaço aéreo do país na segunda-feira (8).
"Aconselhamos os norte-americanos a cumprirem rigorosamente o princípio de uma só China, as disposições dos três comunicados conjuntos sino-americanos e a porem imediatamente fim a estes atos ilegais e provocativos", afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, segundo a CGTN.
No dia seguinte ao voo, aeronaves da Força Aérea de Taiwan interceptaram diversos caças Su-30 chineses no espaço aéreo de Taiwan. Por sua vez, Taipei considerou a ação como uma violação da sua soberania, apesar de haver mais de 64 quilômetros de hidrovia internacional entre a linha intermediária e os mares territoriais da ilha, de acordo com o direito internacional.
Analista militar chinês disse que o acionamento dos caças Su-30 em meio à operação dos EUA mostrou que o PLA está sempre em alerta de combate e consegue reagir de imediato quando intrusos se aproximam de Taiwanhttps://t.co/vKiLIhDOE7
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) June 10, 2020
Zhu Fenglian, porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan afirmou em um comunicado divulgado nesta quinta-feira (11) pelo Global Times que o Partido Democrático Progressista (DPP, no poder em Taiwan) não deve "subestimar a forte vontade e determinação [da China] de manter a soberania nacional e a integridade territorial".
Taiwan é considerado território chinês, com os governos de Taipei e Pequim em uma disputa sobre a soberania do território. A ilha de Taiwan é reconhecida como país independente somente por 15 Estados-membros da ONU, mas mantém acordos de defesa com diversos países, incluindo os EUA.