A China gera atualmente cerca de 60% da taxa de hash (unidade de medida do poder de processamento da rede bitcoin), já que a indústria local de mineração sempre se preocupou em fornecer e instalar o hardware de mineração mais eficiente possível, opina Alexander Liegl, da Layer1, uma startup de mineração de bitcoin.
Contudo, a produção de chips de nova geração pode agora requerer um esforço ao longo de vários anos, tornando outros fatores como o custo e a eficiência mais importantes.
"O que realmente importa são as suas despesas operacionais e essas são principalmente em função do preço da eletricidade. Portanto, é o preço da eletricidade e a capacidade de aproveitá-la eficientemente no resfriamento [dos computadores] o que mais importa", disse Liegl em uma entrevista ao canal russo RT.
É por isso que a empresa, que tem sido recentemente apoiada por investidores bilionários, incluindo o cofundador do PayPal, Peter Thiel, alegam que o oeste do estado norte-americano do Texas é onde a indústria de bitcoin pode florescer, pois na região se pode obter energia barata.
"Acreditamos que a eletricidade mais barata do mundo nessa escala é a do oeste do Texas", disse o CEO da Layer1, Max Keiser, acrescentando que a taxa de hash "mudará significativamente" para ser baseada nos EUA.
O Texas possui preços de mercado atraentes, sendo o mercado de energia mais desregulamentado nos EUA, com o maior mercado de energia eólica e uma forte indústria de energia solar e infraestrutura moderna, explicou Liegl.