Esta "superarma" seria um sistema de artilharia capaz de bombardear cidades localizadas muito no interior da linha da frente. Anteriormente, armas como essas foram utilizadas pelo Império Alemão durante a Primeira Guerra Mundial. Os alemães desenvolveram um dispositivo de 211 mm para bombardear a capital francesa a cerca de 128 quilômetros.
O fato se repetiu durante a Segunda Guerra Mundial, quando Hitler construiu o "supercanhão" V-3 para bombardear Londres. Porém, as tropas aliadas de Londres evitaram a utilização do V-3 contra o alvo.
Existiram outros armamentos de longo alcance no decorrer dos anos, mas o último deste tipo foi o Projeto Babilônia, projetado pelo engenheiro canadense Gerald Bull sob encomenda para Saddam Hussein. Entretanto, o projeto foi destruído antes de ser completado, segundo o artigo publicado pela revista The National Interest.
Atualmente, os EUA voltaram a pensar em uma "superarma" para ser utilizada contra insurgências e em grandes conflitos que possam vir a ocorrer no futuro. Com essa "superarma" o país acredita que seria capaz de lidar com conflitos aéreos ou com os novos sistemas russos de longo alcance S-400, já que estes sistemas são grandes obstáculos para as operações norte-americanas.
A artilharia pesada com mísseis táticos pode se tornar a peça chave no campo de batalha contra os sistemas de defesa antiaéreos e radares, já que haveria a possibilidade de destruí-los.
O programa de criação da "superarma" foi mencionado recentemente pelo general John Murray, segundo o qual o país está "analisando seriamente um meio de iniciar a produção de mísseis hipersônicos, bem como o que chamamos de Canhão Estratégico de Longo Alcance, que poderia destruir alvos a 1.852 quilômetros".
Porém, a criação de uma arma como essa não significaria de fato que seria possível atingir o alvo, visto que isso dependeria de uma combinação de fatores, como o combustível e o comportamento do míssil durante o voo.
Além disso, o Exército norte-americano está planejando construir um míssil hipersônico com alcance aproximado de 2.222 quilômetros.
Possivelmente, os EUA estão procurando meios de combater as atuais forças da Rússia e da China, visto que, em entrevistas anteriores, altos responsáveis norte-americanos assumiram que o Exército dos EUA não tem condições de enfrentar outras potências, que estão elevando seu poderio militar.